segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Namoro Cristão


"...tomem cuidado para não ficarem sozinhos..."

Essa é a frase dita em muitas igrejas para casais de namorados.

Namoro não é tema em muitas igrejas. Percebo isso à medida que recebo e-mails, comentários, twitts e visito igrejas. Alguns fazem perguntas tão simples que me assustam. Como um tema tão importante não é discutido abertamente nas igrejas? Infelizmente, se adolescentes e jovens não aprendem nada disso na igreja, vão aprender nas escolas, faculdades e até filmes...

Um rio de dúvidas existe no coração de um casal de namorados cristãos: “é de Deus?”, “Pode beijar?”, “Diferença entre paixão e amor”, “Como adorar a Jesus com meu namoro?”, etc... E muitas igrejas ficam de braços cruzados ou com medo de falar do assunto.

A falta de informação somada aos tabus faz com que estes jovens envolvam-se em relacionamentos sem qualquer compreensão de sua importância. Dessa forma, são levados por sua carência ou pela "onda" de amigos que iniciaram um relacionamento.

Certa vez, um rapaz me contou sobre sua alegria em estar namorando. Dizia que estava feliz, que tinha lido o Não Morda a Maçã (meu blog) e que também queria ter o seu relacionamento verdadeiramente voltado a Deus. Fiquei muito contente com a declaração. Foi quando me informou a idade deles: Ele 25 e ela 15.... em seguida, me perguntou se tinha alguma dica. Pensei, "190" porque isso é caso de polícia!

Uma sociedade tão incentivada a viver conforme mandam os prazeres, influencia jovens a fazerem o mesmo, esquecendo o que Paulo diz em sua carta aos romanos no capitulo 12 verso 1 e 2:

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

A mentalidade abraçada pela necessidade de suprir sua carência e não renovada pela palavra de Deus, faz com que estes queridos entrem em relacionamentos tão rápidos quanto saem. Em vez de filhos de Deus, se tornam atores da novelinha juvenil “Malhação”. Ao final, o que resta são marcas e choros que tardam o crescimento espiritual.

Nos seminários que ministro e no blog eu digo:

A sua sabedoria em escolher um cônjuge será determinada pelo seu nível de intimidade com DEUS.

Antes de um jovem buscar ter intimidade com um cônjuge, ele deve buscar ter intimidade com DEUS.

Creio que o relacionamento deve conduzir ao casamento e esta relação deve levar este casal para mais perto de Deus. Caso isso não seja realidade no namoro cristão, não vejo propósitos eternos nele.

Recebo e-mails de irmãos que praticaram sexo no namoro e de outros que tratam suas namoradas como se fossem um corrimão. Seria falta de orientação quanto ao verdadeiro propósito do namoro cristão?

Podemos ver isso na pesquisa feita pelo BEPEC - Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã e Genizah / Cristianismo Hoje:







Aos casais de namorados e noivos digo: “Não é pra você levar sua namorada mais perto de você, é pra levá-la mais perto de DEUS!”

Há quem diga que a solução é a chamada “côrte”, onde o casal procura evitar o toque físico e, obviamente, beijo está fora de cogitação. Não penso dessa forma. Não a falta do toque ou do beijo que vai levar um casal de namorados cristãos a não pecar e sim um relacionamento intimo com Deus e seu Santo Espírito. É Ele, o Espírito Santo, quem deve coordenar o relacionamento do casal. Nessa linha, escrevi um post chamado “Jesus o vela”, onde falo de Jesus não sendo aquele cara chato no meio da relação mas, como a luz que conduzirá o relacionamento à luz de sua palavra.

Meu desejo, é que o Senhor seja manifesto nos relacionamentos. Sim, espero que casais cristãos reflitam através de seu relacionamento o amor, a graça e a misericórdia de Jesus. Isso é adorar a Jesus com seu namoro, noivado ou casamento. Creio que a verdadeira felicidade do casal está em, primeiramente buscar a felicidade de Jesus (adoração) através de seu relacionamento.

Quanto ao conselho inicial, prefiro dizer "o Espirito Santo é educado, se ele ver que vocês estão nos amassos num namoro cristão, Ele simplesmente deixará o namoro de vocês."

Fernando Ortega
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2011/07/namoro-cristao.html

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sexo Entre Jovens: Coando o Mosquito e Engolindo o Tiranossauro Leia Mais em: http://www.genizahvirtualSexo entre os jovens: coando o mosquito e engo

“Pastor, sexo antes do casamento é pecado?”. Se você é um clérigo ou um líder, esta é uma das perguntas que você mais ouve quando está no meio de jovens. Obviamente, a grande maioria responde: “sim, é pecado”. E eu, o que penso sobre o tema? Bem...
Eu penso que a igreja trata a questão como se ela não existisse, quase com desdém.
O “problema” só se materializa quando aquele casalzinho que senta lá no canto, acompanhado ou não da família, nos procura no gabinete pastoral para informar-nos que, em 9 meses, teremos mais um membro para ser batizado na família de Deus! Aleluia!...
A verdade é que a igreja, normalmente, faz vista grossa para essa questão.
O casal está ali, juntinho, namorando e, se não der bobeira, se transar com camisinha, se fizer tudo direitinho, não vai ser muito incomodado pela ortodoxia doutrinária vigente. Aqui, ali, terá de ouvir coisas do tipo: “fornicação é pecado”; “quem transar antes de casar perde a benção de Deus”; “masturbação entristece o Espírito”; e por aí vai...
Ora, isso tudo, com um pouco de cinismo e cara de pau, dá para ir levando. Dá?...
Agora, quando a “bomba” explode, e o bebê está a caminho, aí a coisa muda de figura, pois todo mundo fica furioso, sobretudo a “fariseada”. Engravidou, tem que casar! Será?... O casalzinho, coitado, será exposto aos extremos, execrado, em alguns casos, ficará afastado temporariamente da Ceia,
ou, em outros, submetido a uma “disciplina” maluca qualquer. Quase certamente, sofrerá muito mais do que seria preciso, contudo se tornará um “exemplo” para todos!
Ora, em tais situações, as conseqüências, obviamente, virão em curtíssimo prazo, pois, sem apoio da comunidade, sem orientação e, em muitas situações, sem a ajuda da própria família,
o jovem casal, sem qualquer preparo para a vida conjugal, estará separado em 1 ou 2 anos no máximo. Estou, neste momento, com um caso deste na igreja, herdado de outra “comunidade”...
Quer falar sério sobre o tema? Quer tratar a situação com coragem? Então vamos às Escrituras. Qual o padrão bíblico para casamento?
Vou simplificar: deixar pai e mãe, ou seja, possuir capacidade de romper os vínculos emocionais e financeiros com a família; voto público, que é assumir para a sociedade, seja pela via do casamento civil ou do religioso, que os dois passam a constituir uma família, com todas as implicações vigentes; e, finalmente, manter relação sexual.

Nos dias de Isaque e Rebeca a coisa era assim, muito simples. O garoto começava a se coçar demais, olhava as cabras de forma estranha, e aí o Pai, macaco-velho, dizia: “este menino está precisando casar”. Arrumava-se uma noiva, da parentela mesmo ou da vizinhança, desde que fosse da mesma fé, o pai doava ao filho um pedaço de terra, meia dúzia de cabras, uma vaca leiteira e pronto!
O sujeito entrava na cabana com sua “gazela” e estava tudo consumado. Que benção!
E como é hoje? O menino e a menina chegam aos 15, 16, 17 anos e começam a namorar. Estão terminando o ensino médio e ainda terão pela frente o vestibular e 4 ou 5 anos de faculdade. Vencida esta etapa precisarão trabalhar, conseguir um bom emprego.
Em seguida, vão comprar um carro legal, depois o apartamento financiado e, só então, poderão pensar em se casar. E olha que eu estou falando de jovens cristãos sérios, que começaram a namorar com o propósito de, um dia, se casarem. Mas, convenhamos, eles são à exceção da exceção da exceção!
Ora, eu sei, por experiência, que a grande maioria da meninada quer é curtir a vida, “ficar” bem muito ao invés de namorar, que dá muito mais trabalho, transar o tanto que puder, pois muitas relações darão mais experiência – trágico equívoco –
e, só quando se estiver chegando na casa dos 30 é que começarão a desacelerar o “motor” para pensar em constituir algo sério, ou seja, casar.
Agora, uma questão: pensando no primeiro exemplo, o do jovem casal cristão sério, que começou a namorar cedinho, o que eles farão para segurar os hormônios nesta sociedade erotizada na qual vivemos, onde propaganda de pneu tem mulher pelada?
Me responda mesmo: dos 15 até chegarem aos 30 anos, quando estarão em condições, dentro dos padrões estabelecidos em nossa cultura, para se casar, como eles lidarão com estas questões? Vão jejuar e orar? Ora meu mano, faça-me o favor... Você fez isso?
Aí vem a igreja, e seus ilustres representantes, naquela santidade medieval, e diz para o casalzinho: “olha, vocês devem se guardar um para o outro. Sexo antes do casamento é pecado, viu?”. E fica a meninada com a pulha na cabeça: transar ou não transar, eis a questão!
E ainda tem umas almas sebosas que dizem: “quem estiver abrasado, então que se case”. Ótima solução! Quero eu lhe dizer que o sujeito não está abrasado não, ele está em chamas já há muito tempo! Isso é que é fogo!
Na verdade, em determinadas circunstâncias, só existem dois caminhos: como pastor, sei o que estou afirmando: ou o cara deixa a namorada “em paz” e vai para a internet ver sacanagem de todo tipo e, como o pecado só se aprofunda, pois “um abismo chama outro abismo”, mas cedo ou mais tarde ele estará com prostitutas em sua cama,
ou vai transar com a “irmãzinha” e ficarão os dois num complexo de culpa sem fim, pois recairá sobre eles toda a ortodoxia protestante dogmática e fundamentalista pregada e inoculada em suas mentes durante anos. Estou exagerando?!

“Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento”. Ec. 11:9.

Estou eu aqui aconselhando os casais de namorados a transar? Não coloquem palavras em minha boca! Sou defensor de uma teologia liberal e por isso não levo em consideração os preceitos de santidade das Escrituras? Vocês não me conhecem para afirmar isto. Então, o que estou querendo dizer, afinal?
Duas coisas: discernirmos o tempo em que vivemos, com todas as suas idiossincrasias, e investirmos na formação de uma geração que tenha uma consciência compatível com o Espírito do Evangelho. O mais, queira me desculpar, é tapar o sol com a peneira, é tratar da conseqüência, e não da causa, é jogar o “lixo” para debaixo do tapete.
O texto de Eclesiastes nos dá uma dica do que podemos fazer! Ensinar os jovens! Podemos dizer-lhes “façam suas escolhas, tracem seus caminhos, sigam suas rotas, construam seus mapas, aproveitem a vida! Mas saibam: tudo na existência humana tem conseqüência, pois há um princípio bíblico que afirma que aquilo que o homem semear, isto também ceifará”.
Fato é que Deus criou o sexo e o casamento com um propósito e, só imersos em Sua vontade, nos realizaremos em nossa sexualidade e conjugalidade.
Olha moçada, namorar com 10, 20, 30 pessoas diluirá sua alma, banalizará em seu coração o significado de relacionamento, tornará o sexo coisa trivial e não aquilo para o qual ele foi concebido.
Você perderá as referências sobre lealdade, amizade, cumplicidade e dificilmente será capaz de construir uma família sadia, uma relação para toda a vida, pois a frase “que seja eterno enquanto dure”, fica linda do ponto de vista da poesia, mas, existencialmente falando, é um desastre sem precedentes.
Sei que este é um tema que ninguém quer tratar, ou escrever, pois é “nitroglicerina” pura! Almocei hoje com um amigo que me disse: “tu vais mexer nisso?”. Eis aí um de nossos problemas: evitar lidar com o que está diante de nossos olhos!
A igreja, no que diz respeito a estas questões sexuais, e olha que eu estou só levantando a ponta do iceberg, prefere coar o mosquito e engolir o tiranossauro rex, é viver no “faz de conta”.
Se eu tenho a solução? Ora, isso é um problema que cada um deve lidar, pois cada um construirá na terra seu caminho com Deus e isso conforme sua própria consciência. Fico impressionado como crente gosta de fórmulas feitas para resolver suas questiúnculas. Agora, quanto a mim, perdoem-me a sinceridade, prefiro engolir o mosquito e, de preferência, com Coca-Cola.
(Pr. Carlos Moreira)
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2011/02/sexo-entre-jovens-coando-o-mosquito-e.html