segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Namoro Cristão


"...tomem cuidado para não ficarem sozinhos..."

Essa é a frase dita em muitas igrejas para casais de namorados.

Namoro não é tema em muitas igrejas. Percebo isso à medida que recebo e-mails, comentários, twitts e visito igrejas. Alguns fazem perguntas tão simples que me assustam. Como um tema tão importante não é discutido abertamente nas igrejas? Infelizmente, se adolescentes e jovens não aprendem nada disso na igreja, vão aprender nas escolas, faculdades e até filmes...

Um rio de dúvidas existe no coração de um casal de namorados cristãos: “é de Deus?”, “Pode beijar?”, “Diferença entre paixão e amor”, “Como adorar a Jesus com meu namoro?”, etc... E muitas igrejas ficam de braços cruzados ou com medo de falar do assunto.

A falta de informação somada aos tabus faz com que estes jovens envolvam-se em relacionamentos sem qualquer compreensão de sua importância. Dessa forma, são levados por sua carência ou pela "onda" de amigos que iniciaram um relacionamento.

Certa vez, um rapaz me contou sobre sua alegria em estar namorando. Dizia que estava feliz, que tinha lido o Não Morda a Maçã (meu blog) e que também queria ter o seu relacionamento verdadeiramente voltado a Deus. Fiquei muito contente com a declaração. Foi quando me informou a idade deles: Ele 25 e ela 15.... em seguida, me perguntou se tinha alguma dica. Pensei, "190" porque isso é caso de polícia!

Uma sociedade tão incentivada a viver conforme mandam os prazeres, influencia jovens a fazerem o mesmo, esquecendo o que Paulo diz em sua carta aos romanos no capitulo 12 verso 1 e 2:

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

A mentalidade abraçada pela necessidade de suprir sua carência e não renovada pela palavra de Deus, faz com que estes queridos entrem em relacionamentos tão rápidos quanto saem. Em vez de filhos de Deus, se tornam atores da novelinha juvenil “Malhação”. Ao final, o que resta são marcas e choros que tardam o crescimento espiritual.

Nos seminários que ministro e no blog eu digo:

A sua sabedoria em escolher um cônjuge será determinada pelo seu nível de intimidade com DEUS.

Antes de um jovem buscar ter intimidade com um cônjuge, ele deve buscar ter intimidade com DEUS.

Creio que o relacionamento deve conduzir ao casamento e esta relação deve levar este casal para mais perto de Deus. Caso isso não seja realidade no namoro cristão, não vejo propósitos eternos nele.

Recebo e-mails de irmãos que praticaram sexo no namoro e de outros que tratam suas namoradas como se fossem um corrimão. Seria falta de orientação quanto ao verdadeiro propósito do namoro cristão?

Podemos ver isso na pesquisa feita pelo BEPEC - Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã e Genizah / Cristianismo Hoje:







Aos casais de namorados e noivos digo: “Não é pra você levar sua namorada mais perto de você, é pra levá-la mais perto de DEUS!”

Há quem diga que a solução é a chamada “côrte”, onde o casal procura evitar o toque físico e, obviamente, beijo está fora de cogitação. Não penso dessa forma. Não a falta do toque ou do beijo que vai levar um casal de namorados cristãos a não pecar e sim um relacionamento intimo com Deus e seu Santo Espírito. É Ele, o Espírito Santo, quem deve coordenar o relacionamento do casal. Nessa linha, escrevi um post chamado “Jesus o vela”, onde falo de Jesus não sendo aquele cara chato no meio da relação mas, como a luz que conduzirá o relacionamento à luz de sua palavra.

Meu desejo, é que o Senhor seja manifesto nos relacionamentos. Sim, espero que casais cristãos reflitam através de seu relacionamento o amor, a graça e a misericórdia de Jesus. Isso é adorar a Jesus com seu namoro, noivado ou casamento. Creio que a verdadeira felicidade do casal está em, primeiramente buscar a felicidade de Jesus (adoração) através de seu relacionamento.

Quanto ao conselho inicial, prefiro dizer "o Espirito Santo é educado, se ele ver que vocês estão nos amassos num namoro cristão, Ele simplesmente deixará o namoro de vocês."

Fernando Ortega
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2011/07/namoro-cristao.html

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sexo Entre Jovens: Coando o Mosquito e Engolindo o Tiranossauro Leia Mais em: http://www.genizahvirtualSexo entre os jovens: coando o mosquito e engo

“Pastor, sexo antes do casamento é pecado?”. Se você é um clérigo ou um líder, esta é uma das perguntas que você mais ouve quando está no meio de jovens. Obviamente, a grande maioria responde: “sim, é pecado”. E eu, o que penso sobre o tema? Bem...
Eu penso que a igreja trata a questão como se ela não existisse, quase com desdém.
O “problema” só se materializa quando aquele casalzinho que senta lá no canto, acompanhado ou não da família, nos procura no gabinete pastoral para informar-nos que, em 9 meses, teremos mais um membro para ser batizado na família de Deus! Aleluia!...
A verdade é que a igreja, normalmente, faz vista grossa para essa questão.
O casal está ali, juntinho, namorando e, se não der bobeira, se transar com camisinha, se fizer tudo direitinho, não vai ser muito incomodado pela ortodoxia doutrinária vigente. Aqui, ali, terá de ouvir coisas do tipo: “fornicação é pecado”; “quem transar antes de casar perde a benção de Deus”; “masturbação entristece o Espírito”; e por aí vai...
Ora, isso tudo, com um pouco de cinismo e cara de pau, dá para ir levando. Dá?...
Agora, quando a “bomba” explode, e o bebê está a caminho, aí a coisa muda de figura, pois todo mundo fica furioso, sobretudo a “fariseada”. Engravidou, tem que casar! Será?... O casalzinho, coitado, será exposto aos extremos, execrado, em alguns casos, ficará afastado temporariamente da Ceia,
ou, em outros, submetido a uma “disciplina” maluca qualquer. Quase certamente, sofrerá muito mais do que seria preciso, contudo se tornará um “exemplo” para todos!
Ora, em tais situações, as conseqüências, obviamente, virão em curtíssimo prazo, pois, sem apoio da comunidade, sem orientação e, em muitas situações, sem a ajuda da própria família,
o jovem casal, sem qualquer preparo para a vida conjugal, estará separado em 1 ou 2 anos no máximo. Estou, neste momento, com um caso deste na igreja, herdado de outra “comunidade”...
Quer falar sério sobre o tema? Quer tratar a situação com coragem? Então vamos às Escrituras. Qual o padrão bíblico para casamento?
Vou simplificar: deixar pai e mãe, ou seja, possuir capacidade de romper os vínculos emocionais e financeiros com a família; voto público, que é assumir para a sociedade, seja pela via do casamento civil ou do religioso, que os dois passam a constituir uma família, com todas as implicações vigentes; e, finalmente, manter relação sexual.

Nos dias de Isaque e Rebeca a coisa era assim, muito simples. O garoto começava a se coçar demais, olhava as cabras de forma estranha, e aí o Pai, macaco-velho, dizia: “este menino está precisando casar”. Arrumava-se uma noiva, da parentela mesmo ou da vizinhança, desde que fosse da mesma fé, o pai doava ao filho um pedaço de terra, meia dúzia de cabras, uma vaca leiteira e pronto!
O sujeito entrava na cabana com sua “gazela” e estava tudo consumado. Que benção!
E como é hoje? O menino e a menina chegam aos 15, 16, 17 anos e começam a namorar. Estão terminando o ensino médio e ainda terão pela frente o vestibular e 4 ou 5 anos de faculdade. Vencida esta etapa precisarão trabalhar, conseguir um bom emprego.
Em seguida, vão comprar um carro legal, depois o apartamento financiado e, só então, poderão pensar em se casar. E olha que eu estou falando de jovens cristãos sérios, que começaram a namorar com o propósito de, um dia, se casarem. Mas, convenhamos, eles são à exceção da exceção da exceção!
Ora, eu sei, por experiência, que a grande maioria da meninada quer é curtir a vida, “ficar” bem muito ao invés de namorar, que dá muito mais trabalho, transar o tanto que puder, pois muitas relações darão mais experiência – trágico equívoco –
e, só quando se estiver chegando na casa dos 30 é que começarão a desacelerar o “motor” para pensar em constituir algo sério, ou seja, casar.
Agora, uma questão: pensando no primeiro exemplo, o do jovem casal cristão sério, que começou a namorar cedinho, o que eles farão para segurar os hormônios nesta sociedade erotizada na qual vivemos, onde propaganda de pneu tem mulher pelada?
Me responda mesmo: dos 15 até chegarem aos 30 anos, quando estarão em condições, dentro dos padrões estabelecidos em nossa cultura, para se casar, como eles lidarão com estas questões? Vão jejuar e orar? Ora meu mano, faça-me o favor... Você fez isso?
Aí vem a igreja, e seus ilustres representantes, naquela santidade medieval, e diz para o casalzinho: “olha, vocês devem se guardar um para o outro. Sexo antes do casamento é pecado, viu?”. E fica a meninada com a pulha na cabeça: transar ou não transar, eis a questão!
E ainda tem umas almas sebosas que dizem: “quem estiver abrasado, então que se case”. Ótima solução! Quero eu lhe dizer que o sujeito não está abrasado não, ele está em chamas já há muito tempo! Isso é que é fogo!
Na verdade, em determinadas circunstâncias, só existem dois caminhos: como pastor, sei o que estou afirmando: ou o cara deixa a namorada “em paz” e vai para a internet ver sacanagem de todo tipo e, como o pecado só se aprofunda, pois “um abismo chama outro abismo”, mas cedo ou mais tarde ele estará com prostitutas em sua cama,
ou vai transar com a “irmãzinha” e ficarão os dois num complexo de culpa sem fim, pois recairá sobre eles toda a ortodoxia protestante dogmática e fundamentalista pregada e inoculada em suas mentes durante anos. Estou exagerando?!

“Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento”. Ec. 11:9.

Estou eu aqui aconselhando os casais de namorados a transar? Não coloquem palavras em minha boca! Sou defensor de uma teologia liberal e por isso não levo em consideração os preceitos de santidade das Escrituras? Vocês não me conhecem para afirmar isto. Então, o que estou querendo dizer, afinal?
Duas coisas: discernirmos o tempo em que vivemos, com todas as suas idiossincrasias, e investirmos na formação de uma geração que tenha uma consciência compatível com o Espírito do Evangelho. O mais, queira me desculpar, é tapar o sol com a peneira, é tratar da conseqüência, e não da causa, é jogar o “lixo” para debaixo do tapete.
O texto de Eclesiastes nos dá uma dica do que podemos fazer! Ensinar os jovens! Podemos dizer-lhes “façam suas escolhas, tracem seus caminhos, sigam suas rotas, construam seus mapas, aproveitem a vida! Mas saibam: tudo na existência humana tem conseqüência, pois há um princípio bíblico que afirma que aquilo que o homem semear, isto também ceifará”.
Fato é que Deus criou o sexo e o casamento com um propósito e, só imersos em Sua vontade, nos realizaremos em nossa sexualidade e conjugalidade.
Olha moçada, namorar com 10, 20, 30 pessoas diluirá sua alma, banalizará em seu coração o significado de relacionamento, tornará o sexo coisa trivial e não aquilo para o qual ele foi concebido.
Você perderá as referências sobre lealdade, amizade, cumplicidade e dificilmente será capaz de construir uma família sadia, uma relação para toda a vida, pois a frase “que seja eterno enquanto dure”, fica linda do ponto de vista da poesia, mas, existencialmente falando, é um desastre sem precedentes.
Sei que este é um tema que ninguém quer tratar, ou escrever, pois é “nitroglicerina” pura! Almocei hoje com um amigo que me disse: “tu vais mexer nisso?”. Eis aí um de nossos problemas: evitar lidar com o que está diante de nossos olhos!
A igreja, no que diz respeito a estas questões sexuais, e olha que eu estou só levantando a ponta do iceberg, prefere coar o mosquito e engolir o tiranossauro rex, é viver no “faz de conta”.
Se eu tenho a solução? Ora, isso é um problema que cada um deve lidar, pois cada um construirá na terra seu caminho com Deus e isso conforme sua própria consciência. Fico impressionado como crente gosta de fórmulas feitas para resolver suas questiúnculas. Agora, quanto a mim, perdoem-me a sinceridade, prefiro engolir o mosquito e, de preferência, com Coca-Cola.
(Pr. Carlos Moreira)
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2011/02/sexo-entre-jovens-coando-o-mosquito-e.html

domingo, 4 de abril de 2010

Crucificando a minha vontade: a renúncia


"Todos os dias sou desafiada com a escolha de fazer as coisas A Tua maneira ou a minha; Mas quando faço ao meu modo, sempre descubro Que os Teus caminhos são melhores, que a Tua visão é mais forte, E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim. Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida. Algumas vezes a minha vontade insiste em ter o controle Luto para fazer as coisas a minha maneira, mas sempre acabo percebendo Que os Teus caminhos são melhores, a Tua visão para mim é muito mais ampla, E Tu simplesmente desejas o que é melhor para mim. Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida. Quando as coisas ficam mais difíceis, a minha alma se enfraquece Meu coração se desanima e não consigo prosseguir sozinha... Então, eu renuncio a minha vontade Renuncio a minha vontade, Senhor Renuncio a minha vontade; entrego a Ti a minha vida." Laura Hart

"Todavia, seguramente, posso dizer agora, em relação a mim mesmo, que "somente ELE é a minha salvação". Foi ELE quem mudou o meu coração e me colocou de joelhos diante Dele." (C.H. Spurgeon)
"18 Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. 19 Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. 20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim". (GÁLATAS 2:18-20)

domingo, 25 de outubro de 2009

"Para que outros possam viver"


"Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.
Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas."
(II Co 4:5-18)

Para que outros possam viver, vale a pena morrer.
E nas palavras de II CO cap. 4 que nós lemos, para que outros possam viver não somente vale a pena morrer, como deve-se morrer. Para que outros possam viver, deve-se, é necessário morrer...
É necessário morrer para que haja vida. Trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós que estamos vivos, somos sempre entregues a morte por amor a Jesus, pra que a sua vida também se manifeste em nós, de modo que em nós atua a MORTE...
Pra que em outros atuem a vida...
Assim como a semente que não morre não germina, assim como a semente que não morre é incapaz de gerar fruto... Aquele que não morre é incapaz de gerar vida.
Se não fosse o sangue do Cordeiro, se não fosse o sangue de todos os mártires que vieram antes de nós, se não fosse àqueles que vivem como se não pertencessem a esse mundo, não seríamos conhecedores das boas novas da vida..não seríamos.

Mas se as coisas são assim...Se isso é verdade, se isso reflete a realidade, se o Senhor teve a intenção de dizer exatamente o que ele diz, porque é então que não morremos? Porque é então que o mundo está cansado de ver uma igreja que deveria carregar a mensagem da morte mas não carregam? E não carrega porque ela mesma recusa-se a morrer.Se a ordem é essa, se a ordem é essa.. Por que é então que não vemos mais vidas sendo geradas?? Nações sendo alcançadas em meio a voluntária entrega da vida por parte daqueles que se dizem cristãos? POR QUÊ?

Porque existe algo de muito errado em nosso meio, existe algo de muito errado em meio aquilo que chamamos de Evangelho do Reino de Deus!Evangelho do Reino de Deus, não evangelho do Reino dos homens, para os homens..
Não um Evangelho do Reino desta terra, para esta terra..
Não um evangelho do seu reino, pra você mesmo, para o seu próprio benefício..
Mas o evangelho do Reino de Deus, para o benefício de Deus!!!
Existe algo de muito errado porque estamos confundindo o evangelho do Reino de Deus que é para Deus, com outros evangelhos..
E o povo, por falta de líderes que preguem o que o povo precisa ouvir e não o que o povo quer ouvir estão adorando outros 'bezerros de ouro'...
E o grande bezerro de ouro dos nossos dias, é A Benção..
O grande 'bezerro de ouro' dos nossos dias é a Vitória, é a Conquista, é o bezerro da Prosperidade, é a Saúde, é o Meu Bem Estar, é O Meu Conforto, é A Minha Necessidade, é O Meu Reino, é A Minha Vida!!!
-Sete passos pra alcançar a benção aqui..
-Quarenta dias de jejum da Vitória ali..
-Doze maneiras pra ser próspero..um pouco mais adiante e...
- Trezentas e quatorze formas de você convencer Deus a fazer aquilo que você quer que Ele faça!!!
Não importa se Ele queira fazer ou não, por que afinal, o modelo de Jesus: - 'Não seja feita a minha vontade mas a sua', serve pra Jesus, serve pro filho de Deus, não serve para mim..Não serve pra Igreja..
Quantos já foram a alguma campanha que dizia: -Campanha do Negue-se a Si mesmo?
- Campanha dos três passos para morrer..ou..
-Campanha das sete maneiras de amar o seu próximo como a Si mesmo??
-Campanha de quarenta dias de jejum para que eu possa carregar a minha cruz?
Não?? Nunca foi?? Porque não??
-'Ora porque não é isso que é importante, não é isso...
Porque o importante é eu ter o carro do ano, porque o importante é eu ser abençoado, o importante é eu mostrar o quão abençoado eu sou..
Preciso mostrar, eu preciso mostrar...
Porque afinal de contas se eu ando de carro importado é porque Deus me deu, Deus me deu..
Porque é muito óbvio que Deus está muito mais preocupado com o meu ego, eu sou tão espiritual e abençoado, que é muito óbvio pra mim, e é muito óbvio só pra mim...
Que Deus está mais preocupado em colocar dinheiro nas minhas mãos, pra que eu possa comprar coisas caras e tolas, do que está preocupado em colocar recursos sobre os meus cuidados pra que eu possa de alguma maneira aliviar a dor dos aflitos...
Porque Deus é tão bom pra mim, Deus é tão sábio, Ele é tão misericordioso, que Ele prefere que eu compre pra mim, o meu centésimo par de sapatos...Ele prefere..
É, Ele prefere que eu faça isso, mas do que prefere que eu compre algumas marmitas para dar de comer as crianças de rua..
Porque o importante é eu encher o meu celeiro até onde der, o importante é o Meu Reino, é A Minha Justiça...
Eu trabalhei, eu suei...Não, não, não...não foi Deus quem me deu, não foi Deus que me abençoou, não... Foi EU quem ganhei...
É justo, eu trabalhei, é meu.
Porque o importante é eu viver como se não houvesse morte, e Deus que me livre de pensar em morte, coisa negativa não é de Deus.
O importante é eu viver como se não houvesse morte, pra que quando a minha hora chegar, eu venha a morrer como alguém que nunca quis viver...'
Porque está escrito na palavra de Deus amados, cap. 8- Mt 16:
'Então Jesus começou a ensinar e disse: que era necessário que o filho do homem sofresse muitas coisas, e que fosse rejeitado pelos líderes religiosos, e pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Fosse morto e três dias depois ressuscitasse.'
Ele falou claramente a esse respeito.. então Pedro chamando-O a parte, começou a repreendê-lo..
Vejam como desde o início, a igreja se escandalizou com a mensagem da morte. Jesus porém voltou-se, olhou para os seus discípulos, e repreendeu Pedro dizendo:
'Arreda Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas coisas dos homens. Você não está de olho no Reino de Deus, mas está de olho no Reino dos Homens.'
Então Ele chamou a multidão e os discípulos e disse:
'Se alguém quer viver após mim, negue-se a si mesmo, toma a sua cruz e siga-ME.'
Se aguem Quiser..
'Portanto quem quiser salvar a sua vida perdê-la-a, mas quem perder a vida por minha causa achá-la-a, pois o que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?'
Que dará o homem em troca da sua alma??
Porque o filho do homem, o filho de Deus há de vir com a glória de seu Pai, Ele há de voltar com seus anjos..
Então retribuirá cada um conforme suas obras.
Quem fizer de tudo para garantir a sua vida neste mundo, não merecerá viver no outro.
E quem fizer de tudo pra garantir a sua vida no outro mundo, perderá a sua vida neste. Perderá o controle da sua vida neste mundo.
Quem viver de olho nos tesouros deste mundo, receberá somente aquilo que este mundo é capaz de dar, mas quem viver com os olhos fixos no tesouro eterno, este receberá, este haverá de receber aquilo que a eternidade tem pra dá.
Sabem porque existem religiosos fanáticos que se matam, que se suicidam, que dão as suas vidas para serem destruídas, sabe porque??
Porque eles estão pensando na Eternidade, eles estão de olho na Eternidade. E sabe porque você se recusa a negar a si mesmo e entregar o controle da sua vida a Deus?? Porque você está pensando demais nesta vida.
E mais, sabe porque estes fanáticos acabam dando as suas vidas? Porque eles passaram a vida inteira ouvindo de seus mestres que morrer é algo valioso, é algo bom, é algo nobre, é algo honroso... Que morrer gera vida!!
Mas e a igreja?? Mas onde está a igreja?? Onde está a voz profética? Onde estão os que pregam a verdade? Onde estão os que pregam MORRA? Onde estão os mestres de Deus a gritarem:
MORRAM!! MORRAM!!PRA VIVER MORRAM, POR AMOR DE CRISTO MORRAM!! POR AMAR A DEUS ACIMA DE TUDO, MORRAM!!
Onde estão???
Porque os missionários Onavianos se vendiam como escravos pra poder pregar aos escravos??
Porque alguém os ensinou que está vida não vale a pena ser vivida, se não for vivida pra Deus. Alguém os haviam ensinado que pra que outros pudessem viver, valia a pena morrer.
Enquanto muitos parecem estar fascinados com mestres que pregam apenas Vida nesta vida..
Mestres que distorcem o significado de vida em abundância...
Apesar disso, apesar disso existem alguns remanescentes.. Existem ainda alguns que se recusam a se prostrar diante dos 'bezerros de ouro'...
Existem ainda alguns que se permitem ser afligidos por amor a Cristo!!
Alguns que entenderam a voz do espírito de Cristo, do Cristo que deu o exemplo a ser seguido, não apenas em vida, mas na morte de Cruz...
E são capazes de dizer: - 'Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim.'
A Vida é pra os que crêem, e os que crêem não devem ter medo da morte. Quem tem medo da morte não Crê, e quem não crê, não viverá.
E eis que a morte é o maior medidor da fé. Os que morrem, são os que crêem."

domingo, 28 de junho de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Deus incomoda...



Para uns, Deus é uma força cósmica, uma energia poderosa e inexplicável, que emana suas radiações dos confins do Universo. Para outros, Deus criou o mundo, mas hoje está inoperante por não ter impedido que coisas ruins acontecessem, como o Holocausto, o 11 de setembro e a tsunami destruidora na Ásia. Ainda para alguns, Deus é um ser castrador, que inventou mandamentos, regras e proibições para impedir que gozemos tudo o que há de bom na vida. Já em outro extremo, há os que vêm em Deus uma divindade tão amorosa que Ele não faz conta de nossos erros, tropeços e pecados... é enfim, um “deus bonzinho”, que lá no Antigo Testamento foi severo, mas agora se arrependeu.

Não é difícil perceber que, embora desconheçam da natureza e do caráter divino narrados nas Escrituras, as pessoas estão em busca de uma espiritualidade – qualquer uma – para fruir de suas bênçãos, mas nem sempre desejam Aquele que originaram elas. O povo tem fome de quê? Certamente não é do “Deus de Abraão, Isaque e Jacó”, e nem tampouco de Jesus de Nazaré.


Em primeiro lugar, o povo busca sensações prazerosas. Por isso a avaliação que fazem de nossas reuniões de fé sempre se dá no campo estético: “gostei”, “bonita apresentação”, “bela mensagem”. Ou ainda no campo da sensação: “senti uma coisa gostosa ali”. Sem dúvida que a presença divina pode proporcionar tudo isso, mas um verdadeiro encontro com o Eterno não fica só na sensação: a vida inteira é tocada.
É duvidoso afirmar que a maioria das pessoas que procuram uma instituição religiosa ou o auxílio de um pastor, estejam de fato buscando um Deus que reine em suas vidas, que controle seu humor, dirija seus sonhos, e conceda-lhes uma virada existencial. Não! Desde que a igreja atenda alguns de seus problemas pontuais, está tudo bem, e isso por vezes independentemente de qualquer fé em Deus.

Quando vejo nas manhãs frias de domingo igrejas repletas de fiéis, braços levantados, entoando cânticos de vitória, custa-me crer que estejam de fato buscando ao Deus Trino, Santo e Soberano. Vamos comprovar? Eliminem-se as promessas de cura, de emprego, e de resolução de problemas.... e aquele local se esvaziará. Experimente-se num espaço de grande aglomeração de fé alterar o cardápio que será oferecido à multidão, e ao invés de um “encontro de milagres” promova-se ali um estudo profundo da Epístola de Tiago e uma palestra com o tema “Santidade ao Senhor”, e constataremos que todo interesse desaparecerá. Não, não é a Deus que buscam.

Na verdade, poucos querem Deus, pois Deus incomoda. Ele nunca nos dá nenhuma certeza, a não ser Suas promessas escritas num livro com mais de dois mil anos. Não há apólices, contratos ou qualquer outra segurança que seja visível ou palpável. Neste mundo moderno as pessoas não querem incertezas ou riscos. Como Eugene Peterson observou, Deus incomoda porque esperamos que Ele resolva nossos problemas de caráter e de vícios de forma rápida e indolor. Mas Ele insiste num “programa de recuperação” lenta e gradual.

Deus incomoda porque Ele destrói nossas ilusões religiosas mais sublimes. Foi assim com o povo que seguia a Jesus porque “tinham visto os sinais que ele fazia” (Jo 6.2), mas quando o Mestre começou a mostrar a outra face do Reino essas pessoas abandonaram a fé e já não andavam com Ele. Até os próprios discípulos também foram confrontados: ”Quereis também vós retirar-vos?” (Jo 6.67). Em outras palavras: o homem que segue a Cristo por uma razão falsa ou errada está iludindo a si mesmo e enganando a Igreja, pois quem os observa presume que este iludido seja um cristão. E não é! (Lloyd-Jones).

As pessoas não se sentem confortáveis com Deus em suas vidas. Elas preferem algo menos temível, como por exemplo, serem simpatizantes da fé e freqüentadoras dos cultos. Por quê? Simples: Deus incomoda, perscruta, atinge, inquire, confronta nossos valores, provoca crise, altera nossa rotina, retira todas as nossas seguranças, substitui o reinado do ego para construir em nós o Seu reino, pede que eu me esvazie, e me “envia” ainda que eu não me ache preparado ou capaz.....
Definitivamente é perigoso envolver-se com Deus.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Um crente político ou um político crente?


Pode parecer que é só uma troca de ordem, mas não é, pelo menos não é o que quero dizer.
Uma coisa é alguém que tem vocação política e é, ou se tornou crente. Outra coisa é alguém que é crente ou até pastor e está se metendo a político.

Eu sei que, provavelmente, vou receber muitas pedras em forma de recados pelo que vou dizer aqui, mas
prefiro votar em um bom político metido em qualquer outra religião, do que votar em um bom crente metido a político.
O fato de alguém ser crente não o legitima como um bom candidato a um cargo político. E o pior é que está em alta por aí o argumento furado de que por alguém ser pastor, missionário ou apóstolo, tem vantagem sobre os outros, pois será um ótimo futuro vereador ou prefeito. Será?

Não tem como olhar para a história e achar que um estado cristão possa ser benção para o nosso país. No papel até que seria uma boa idéia, mas estudando de Constantino até a Reforma, lembrando das cruzadas, dos Estados Unidos e suas guerras santas, da discriminação aos protestantes de um século para trás no Brasil e outros diversos exemplos, vemos que nós cristãos temos que garantir um estado laico. Não estou falando necessariamente de um político ateu ou algo parecido. Mas o homem ou mulher que for ocupar um cargo político tem que garantir o direito dos cidadãos independente da sua fé ou a do cidadão que ele esteja representando.

Por isso, quando vou ver um candidato, tento observar e priorizar dois pontos antes de atentar se ele é evangélico ou não:
Verifico primeiro se ele é um bom político e não um bom crente, pois não adianta o cara ter uma confissão de fé “boa” e ao verificar o que ele já fez, por onde passou e seu plano de mandato, e perceber que ele é um péssimo político.
Em segundo lugar, verifico se ele vai priorizar o cidadão e não a minha igreja, pois é muito fácil vermos candidatos pedindo voto, prometendo benefícios para a instituição que você faz parte. Mas temos que lembrar que quem vai pagar o salário dele não são apenas os crentes, mas também os de outros credos e que por isso ele precisa estar representando a todos.

Ai se por acaso você encontrar dois políticos iguais: com vocação no que faz, com um bom passado, e que está planejando em projetos escritos representar a todos os cidadãos e seus direitos, aí sim, escolha o que confessa a mesma fé que você. Mas não esqueça de dar um “Glória a Deus” e me avisar, pois dois políticos bons desse jeito na mesma cidade é como encontrar uma mosca branca!


Artigo retirado: http://marcosbotelh odojv.blogspot. com/